A XVI Cavalgada do Meio Ambiente, que deveria ser apenas uma festa tradicional de Curral de Cima, Paraíba, tornou-se o maior abalo de credibilidade da gestão Adjamir Souza (PSB) em 2025.
O evento, realizado em julho, virou o centro de uma crise de confiança que se espalhou pelo município.
Durante a promoção da festa, o prefeito afirmou — publicamente, diante da população e da imprensa — que a Cavalgada não geraria nenhum gasto aos cofres públicos, garantindo que tudo seria bancado por parceiros privados e apoiadores do evento.
A versão oficial era clara:
“A atração principal não custará nada ao município.”
Mas os dados não contam a mesma história.
DOCUMENTOS DO TCE-PB APONTAM OUTRA REALIDADE
Um levantamento detalhado realizado no SAGRES CIDADÃO, plataforma oficial do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), expõe uma situação completamente diferente da narrativa apresentada pela gestão.
Segundo os registros financeiros disponíveis no sistema:
➡️ A atração principal do evento — o show do cantor Kelvy Pablo — aparece como pagamento realizado com recursos do Tesouro Municipal.
➡️ Constam empenhos e despesas que contradizem diretamente o discurso de que tudo seria custeado por parcerias privadas.
Ou seja:
enquanto a prefeitura dizia “não custa nada”, os documentos oficiais apontam que custou. E custou dinheiro público.
A CONTRADIÇÃO EXPLODIU
A revelação caiu como uma bomba na cidade.
Moradores, servidores, opositores e até aliados passaram a questionar:
- Por que a versão anunciada à população não bate com os registros do TCE?
- Quem arcou, de fato, com os custos da festa?
- Por que a gestão afirmava algo que, segundo documentos oficiais, não condiz com a realidade financeira?
A incoerência entre o discurso público e as informações disponíveis no SAGRES gerou indignação, repercussão e cobranças.
O caso ganhou força e se tornou um dos maiores desgastes da atual administração.
A CREDIBILIDADE DA GESTÃO EM XEQUE
O episódio deixou de ser apenas um detalhe da festa.
Hoje, ele representa:
- um questionamento grave de transparência,
- um problema político,
- um desconforto administrativo,
- e uma crise de confiança entre gestão e população.
Em um momento em que os municípios lutam por clareza no uso de cada centavo, a divergência entre discurso e documento agrava ainda mais a situação.
A Cavalgada poderia ter sido lembrada como mais um evento festivo, mas agora é citada como um dos episódios mais pesados e controversos da gestão Adjamir Sousa, segundo as informações disponíveis nos sistemas oficiais.

Nenhum comentário
Postar um comentário